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“Quem compra, abraça uma causa": o empreendedorismo como um farol para as famílias atípicas de Alagoas

Por Carol Neves e Laura Albuquerque


Projeto 'Famílias Atípicas Empreendedoras'. Arte: Cortesia.

“Não se trata apenas de chamar para comprar um bolo, mas o que esse bolo representa. Comprem dessas famílias atípicas, vocês vão mudar a história de uma delas. Quem compra, abraça uma causa!”.


Esse é o relato de Luana Rodrigues, que é empreendedora e mãe solo de cinco filhos atípicos, quatro meninos diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e uma menina com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Ela conta como o envolvimento com o empreendedorismo lhe possibilitou criar seu próprio negócio e desenvolver um projeto que, além de visibilidade, dá voz às famílias atípicas que querem empreender em Alagoas.


Em geral, o termo “atípico” se refere a algo que diverge do convencional. Nesta reportagem, esse conceito é usado para falar de famílias compostas por pessoas que apresentam alguma alteração no funcionamento cognitivo, neurológico, comportamental, motor ou físico, como indivíduos com TEA, TDAH, Síndrome de Tourette, Dislexia ou Depressão.


Nascida na Bahia, Luana conta que veio para Maceió, capital alagoana, definitivamente em 1996. Atualmente, além de mãe e empreendedora, a confeiteira divide seu tempo como servidora pública e professora. “Dou aula há cinco anos em uma ONG”.


A servidora pública fala que descobrir o diagnóstico dos seus filhos lhe fez sentir “em um oceano revolto, sem saber para onde ir”. Luana explicou que foram as suas dificuldades que a impulsionou a criar um projeto de apoio às famílias atípicas empreendedoras de Alagoas.


“O projeto do Famílias Atípicas Empreendedoras é bem isso, tentar resgatar essas famílias do oceano revolto, porque eu já estive ali. Se estivermos todos juntos, a gente consegue. O diagnóstico do seu filho deve ser um farol que vai te guiar nesse processo”, destaca Luana.


De memórias ao surgimento do 'Terraço dos Bolos'

A jornada empreendedora de Luana começou, na verdade, antes de sua maternidade, em 2008. No início da gravidez do filho mais velho, a confeiteira, já habituada com a venda de doces e trufas de sua mãe, decidiu ajudá-la para conseguir uma renda extra e comprar o enxoval do bebê. 


Mas no terceiro mês de gestação, Luana conta que perdeu a mãe e precisou seguir sozinha com o projeto. 


“A dor foi dando lugar a um empreendimento iniciante”.


Apoiada na clientela que havia conquistado durante as vendas com a mãe, Luana decidiu fazer da confeitaria o seu momento terapêutico contra o luto e ainda começar um empreendimento. A princípio, enquanto ainda era estudante de direito, Luana decidiu se especializar, então fez cursos e participou de capacitações em confeitaria.


Até que chegasse ao conhecido ‘Terraço dos bolos’, o negócio de Luana passou por alguns momentos de mudança, acompanhados de desafios que passou em sua vida pessoal. O nome, que atualmente representa sua marca, foi antes um quadro que surgiu para renovar seu negócio e conquistar mais visibilidade para suas vendas.


Em 2019, já no contexto da maternidade solo e atípica, Luana criou uma estratégia para aproximar clientes e trocar experiências com outros empreendedores: Fazer entrevistas com donos de pequenas empresas em sua varanda e postar nas redes sociais. A partir desses planos, veio a vontade de mudar o nome da empresa mais uma vez.


A servidora relata que, nessa mesma época, apesar de contar com a presença dos cinco filhos, se sentia sozinha e foi em um momento de nostalgia que pensou em um novo nome. “Eu já era 100% mãe solo, sem ninguém, então não podia sair de casa. Eu estava passando por um momento difícil, lembrando da minha mãe e da minha avó. E um dia eu acordei e lembrei do cheiro do bolo que minha avó fazia”.


Com o sucesso do experimento e as memórias do terraço da casa da avó, a confeiteira encontrou o nome que seria o oficial de sua marca, ‘Terraço dos Bolos’. 


Luana conta que sempre gostou de empreender, no entanto, enfatiza que os problemas enfrentados com o Terraço dos Bolos nunca foram somente desafios de uma empreendedora comum.


A realidade da maternidade atípica e empreendedorismo

“O romantismo de campanha é muito bom pela questão da visibilidade, só que ele não conta a vida real”. A afirmação de Luana Rodrigues traduz a jornada que é ocultada quando a pauta atípica sai dos holofotes.


Segundo a empreendedora, “maternidade atípica” é uma expressão que inicialmente surgiu para se referir a luta das mães de filhos autistas. Entretanto, depois de um tempo o termo passou a ser usado para mães que cuidam de pessoas com deficiência.


A servidora pública não encara a maternidade atípica como um obstáculo, porém as demandas enfrentadas diariamente, junto à falta de apoio, se tornam um desafio na sua jornada. 


“A realidade das mães atípicas é uma sobrecarga emocional gigantesca”

Ao se tratar de crianças com problemas de saúde crônicos, os pais precisam agir ativamente, dando mais suporte do que em outras situações. Além disso, a depender da condição financeira da família, isso pode significar que o ganho salarial não conseguirá abranger as despesas. 


O empreendedorismo surge como uma solução para essas famílias. Contudo, conciliar o cotidiano de um empresário com as necessidades de um familiar atípico não é uma tarefa fácil e Luana Rodrigues conhece bem essa rotina.


“Senti as dificuldades enquanto mãe, empreendedora e dona de casa. Eu sei o que as famílias atípicas passam, então não consegui remar para longe, tive que tentar tirar elas de lá”.


Foi essa força de vontade que impulsionou Luana a criar o projeto “Famílias Atípicas Empreendedoras”.


Mas o que é e como funciona o “Famílias Atípicas Empreendedoras”?   

“Eu estava na Câmara de Vereadores de Maceió, durante o Maio Furta-Cor [campanha em alusão à saúde mental materna], não estava bem, estava péssima por ter recebido o quarto diagnóstico de autismo, agora do meu filho mais velho. Não sei o que Deus fez, mas entrou a ideia do projeto ali. Eu tenho exatamente marcado o dia em que senti que tinha que criar um projeto: 15 de maio de 2023”. É assim que Luana Rodrigues relata como surgiu a primeira faísca para o projeto Famílias Atípicas Empreendedoras.


Lançado em 2023, o projeto Famílias Atípicas Empreendedoras é dedicado a dar espaço e visibilidade para o empreendedorismo em lares atípicos, apresentando as famílias envolvidas, divulgando seus produtos e atuando como uma rede de apoio.


“Comecei a tentar virar essa chave do não tenho rede de apoio para virar rede de apoio”, diz Luana sobre o projeto.

Apesar da ideia ter surgido em maio, Luana destaca que o Famílias Atípicas Empreendedoras só saiu do papel em agosto do mesmo ano. “Foi quando coloquei o barco para andar de novo. Era de noite, aqui em casa, quando criei o grupo e o Instagram”.


Luana esclareceu que, no início, foi organizada uma lista com todas as famílias empreendedoras, seus contatos e seus produtos, para ser divulgada como uma espécie de catálogo. O intuito era obter apoio junto aos órgãos governamentais e, sobretudo, junto à comunidade.


A ideia inicial, conforme Luana, era criar um pequeno grupo no qual as mães conseguissem divulgar os produtos umas das outras. Contudo, o projeto cresceu tanto que agora conta com 244 famílias participantes.


“Hoje a gente tem muitas portas se abrindo, mas a gente foi bater de uma por uma”.

Segundo a empreendedora, fora ela mesma, a iniciativa conta com mais três mães e um jovem para auxiliar na organização.


Atualmente, para comover e atrair ainda mais a atenção da comunidade, as famílias envolvidas procuram sempre levar o nome do projeto em feiras empreendedoras.


Veja: Luana fala sobre início do projeto 'Famílias Atípicas Empreendedoras'




“Finalmente uma feirinha nossa”

A 1ª Feira das Famílias Atípicas Empreendedoras, organizada pelo projeto, aconteceu no dia 19 de maio deste ano, na praça Jornalista Genésio de Carvalho, no bairro Gruta de Lourdes, situado na parte alta de Maceió. Luana Rodrigues, uma das idealizadoras, conta que a feirinha estava prevista para acontecer ainda em 2023, mas precisou ser adiada para este ano. “Finalmente uma feirinha nossa”.


Durante o momento, estiveram presentes cerca de 40  famílias empreendedoras. Entre os produtos disponíveis para venda, estavam acessórios artesanais, roupas, comidas, óleos essenciais e produtos feitos por jovens atípicos. Além das mercadorias, a feira contou com várias apresentações artísticas.


Dentre as famílias que apresentavam seus negócios estava Mércia Silva, paulista e mãe de três filhos, sendo um deles autista. A empreendedora, que atualmente mora em Alagoas, também participou do início da idealização do projeto, juntamente com Luana, e é uma colaboradora desde então.


“Através do projeto estamos levando a essas famílias esperança de dias melhores”, diz a empreendedora paulista.

Mércia é mais uma das mães que encontrou no empreendedorismo uma solução para a administração da questão financeira e do suporte para o filho. Ela conta que quando recebeu o diagnóstico de seu filho precisou deixar o trabalho para se dedicar ao tratamento dele.


A integrante do projeto comercializa produtos infantis como roupas, acessórios e materiais de papelaria. A paulista diz que empreender a ajudou quando o tratamento do filho deixou de ser custeado pelo plano e não parou a partir daí.



Uma mudança no olhar

Para o economista Jarpa Aramis, o empreendimento de famílias atípicas representa mais do que a renda. O profissional explica que, além dos benefícios para o dono do negócio, a comunidade é chamada a mudar o olhar para os atípicos.


“Cria novos ambientes e também faz com que a sociedade mude o seu ponto de vista, para que tenham um posicionamento que respeite a diversidade”.


Jarpa evidencia que o empreendedorismo é uma saída bem-vinda para essas famílias que precisam de autonomia financeira. O economista elenca que, para criar um negócio, é preciso conhecer o cenário econômico, entender o movimento do mercado que quer fazer parte e ainda enfrentar os riscos.


As condições específicas de cada empreendedor também foram elencadas. Por isso, a sugestão do profissional para as famílias atípicas que desejam começar um negócio próprio foi se arriscar com segurança.


“Se lançar em algo que efetivamente trará uma fonte de renda e criar algo mais consolidado frente ao mercado econômico”, destacou.


O assistente social Elias de Souza, especialista em aperfeiçoamento em Transtorno do Espectro Autista (TEA), afirmou que ter uma pequena empresa é uma opção interessante, sobretudo quando o nível de suporte do TEA é alto.


“Ações de empreendedorismo se adequam às diferentes dinâmicas da vida de famílias atípicas, sejam essas atividades no campo da alimentação, artesanato, vendas, entre outros”, frisou.


O especialista recomenda que essas famílias procurem capacitação e assessoria no ramo que desejam atuar. Elias indicou também o ‘Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas’, do Sebrae, como um primeiro passo para empreender.


“É preciso viver um desafio por vez”

Como destacou Jarpa, para iniciar um empreendimento, é necessário assumir riscos, conhecer o mercado e ter uma linha de produção bem definida. No entanto, para quem tem familiares com alguma necessidade específica, a missão se torna ainda mais complexa.


Ao listar os problemas que teve ao empreender, Luana ressaltou que  foi necessário se adaptar ao mercado digital, acompanhando as tendências de marketing e de divulgação. A confeiteira falou ainda que a desvalorização do produto por parte do cliente também foi uma dificuldade enfrentada.


Porém, conciliar a maternidade atípica com o empreendimento ficou no topo da lista, uma vez que manter a produção diária sempre foi o seu maior desafio. Luana precisou assumir a modalidade de produção por encomenda, pois a exigência familiar não permitiu que a venda por pronta entrega fosse uma possibilidade integral. 


“Você passa pelas dificuldades de um empreendedor comum aliado a uma maternidade 100% atípica”, enfatizou a confeiteira, destacando a necessidade de viver um desafio por vez.


A servidora pública revela ainda que seus problemas se intensificaram ainda mais em 2016, após perder a visão do olho esquerdo e ficar com apenas 50% do direito, classificando-a assim como pessoa com deficiência (PCD).


Desafios que não param por aí … 

Ao ser entrevistada, Luana relatou o choque que sentiu quando no dia 29 de novembro do ano passado recebeu uma notificação de que havia sido denunciada por supostamente estar usando o apartamento como ponto comercial.


Em meio à fase conturbada, ela fez um desabafo em suas redes sociais expondo a situação que estava passando. Ao publicar na rede social, seu relato gerou uma grande comoção pública e as pessoas começaram a entrar em contato para ajudá-la. 


Uma rifa online foi criada pelo “Razões Para Acreditar”, uma organização nacional que ajuda pessoas que estão passando por momentos difíceis. Foi arrecadado aproximadamente R$ 37 mil reais, que foram revertidos para o aluguel, a reforma e a compra de equipamentos para o ponto comercial de Luana.


Com o término das reformas, a confeiteira deu seguimento às vendas de bolos fora do seu apartamento, não sendo necessário arcar com nenhuma multa pela notificação do prédio. Mas apesar do auxílio imediato, a empreendedora acreditou que o apoio inicial do público permaneceria da mesma forma após a estabilização da situação, o que não aconteceu. 


“O problema foi resolvido, mas a mãe atípica permaneceu”, desabafou Luana.

Meses após a rifa, a empreendedora se viu arcando com as despesas de sua casa e de outro espaço que precisava de energia elétrica, internet e manutenção mensal. Sendo assim os desafios não pararam.


Quem cuida de quem cuida?

“É importante cuidar da saúde mental e emocional para que essas mães consigam equilibrar da melhor maneira possível as funções da maternidade atípica, que necessita de cuidado e muito suporte, e da mulher empreendedora, que também precisa ser olhada, reconhecida e validada”. Isso é o que defende a neuropsicóloga e mestre em educação Fabiana Lisboa.



Fabiana Lisboa, neuropsicóloga. Foto: Cortesia.


Fabiana destaca que a maioria dessas mulheres acaba esquecendo de si mesmas para poder se dedicar exclusivamente à maternidade e, posteriormente, se perdem nesse contexto de solidão.


A neuropsicóloga ressalta a importância de existir políticas públicas que visem ao cuidado com o cuidador.


“O acompanhamento psicológico e uma rede de apoio faz total diferença na saúde mental dessas famílias, pois a jornada da mãe atípica empreendedora, além de ser muitas vezes solitária, é imersa em situações emocionais”.


Ela defende que, quanto mais saudável está o cuidador, mais fácil é para ele cuidar de uma outra pessoa. “A gente não consegue cuidar bem de outra pessoa se a gente também não está bem”.


A confeiteira Luana Rodrigues afirma que, na maternidade atípica, a função de cuidar vira o cargo principal. “Vivemos em função deles, mas ninguém está conseguindo fazer a gente ficar bem”.


Sem apoio de familiares em Maceió, Luana narra uma situação em que sofreu um acidente doméstico, devido à perda da visão, e precisou ir ao hospital, mas não tinha com quem deixar os filhos. “O que eu fiz? Deixei quatro deles com a vizinha e levei o que precisava de maior suporte para o hospital comigo”.


Em outro momento, a empreendedora revela mais um caso de invisibilidade materna:


“E quando a mãe morre? É a solidão final. Aconteceu aqui em Alagoas, morreu e passou três dias morta com o filho autista lá. Não sentiram falta da mãe. Três dias é muito tempo. Se não sentiram falta da mãe, vamos até entender por que a sociedade está fazendo isso com a gente há séculos, mas e a criança?”, compartilha.


Se a solidão de quem cuida já é ruim, tudo piora quando são acrescentados os problemas financeiros.


Dificuldades financeiras e impactos emocionais

Em entrevista à nossa reportagem, Fabiana Lisboa explica que grande parte das famílias atípicas sofre com problemas psiquiátricos, devido à sobrecarga emocional, causada pelos problemas financeiros e a preocupação com o futuro da pessoa com deficiência.


“Equilibrar o cuidado com a necessidade de gerar renda é algo que aumenta e potencializa ainda mais o surgimento de transtornos psiquiátricos nessas famílias”, pontua.


Ela destaca que há um grande número de mães com transtornos psiquiátricos, como depressão e crises de ansiedade. Para ela, um dos motivos para isso é que, com a chegada de um filho com deficiência, acontece uma reestruturação da concepção do filho idealizado. 


“A família é invadida por uma série de pensamentos e emoções sobre como lidar com esse filho e o que será do futuro dele”, salienta.


Em alguns casos, as dificuldades se intensificam com o abandono paterno. De acordo com a neuropsicóloga, em famílias atípicas, existe um alto índice de pais que abandonam suas famílias, impondo a responsabilidade do cuidado somente às mães, que precisam deixar de trabalhar para se dedicar exclusivamente ao filho.


Dados da Universidade do Vale do Itajaí sobre paternidade atípica. Arte: Carol Neves

“A mãe, que também não consegue trabalhar fora, acaba tendo que depender do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que é muito restrito. Nem todos conseguem o direito do BPC, então esse impacto financeiro é bem significativo”, reforça a especialista.


Fabiana defende que esse impacto econômico pode influenciar diretamente na oferta de suporte à pessoa com deficiência, como no caso das terapias, afetando no prognóstico e na evolução dessas pessoas. Ela argumenta que muitas mães veem como solução partir para um negócio próprio a fim de custear os tratamentos.


“Se essa mãe tem uma rede de apoio, é um pouco mais fácil continuar trabalhando, gerando renda e cuidando dos filhos. Em contrapartida, se a gente tem uma criança com um nível de suporte mais grave e uma rede de apoio inexistente ou falha, as questões emocionais e financeiras serão ainda maiores e mais difíceis”, argumenta a neuropsicóloga.



“Se reconhecer na história de outras pessoas”

Ainda que o Famílias Atípicas Empreendedoras seja um projeto, inicialmente, de empreendedorismo, ele carrega como essência principal a formação de vínculos de amizade e redes de apoio e suporte, sendo este o maior impacto do negócio à sociedade.


Como já mencionado anteriormente pela neuropsicóloga Fabiana Lisboa, esses grupos reduzem a solidão dos cuidadores ao promover novos relacionamentos, já que muitas pessoas que fazem parte acabam vivenciando experiências similares.


“Isso acaba gerando outros benefícios, que é ter pessoas para compartilhar dos mesmos sentimentos. É se reconhecer na história de outras pessoas”, diz Fabiana.


Outro ponto abordado pela especialista é a possibilidade que o empreendedorismo traz a essa mãe ou a essa família de se reinventar no mercado de trabalho e gerar renda extra. Segundo ela, a reinserção proporciona um empoderamento para as mães.


“As mães conseguem se reinventar, conseguem passar pelas dificuldades tendo um suporte. Elas conseguem se sustentar de alguma maneira e conseguem dar ao filho algum suporte financeiro sem esquecer da sua individualidade”, enfatiza.


Para o economista Jarpa Aramis, o projeto tem criado um novo nicho no mercado, criando espaços e serviços especializados. A consequência disso seria a conscientização social, fazendo com que mais pessoas também conheçam e abracem a causa.


Por fim, Luana Rodrigues reforça que o projeto de empreendedorismo é muito mais do que uma solução financeira, é ajudar na inclusão dessas famílias.

 

“É algo que vai muito além da compra ou de adquirir um produto, é realmente se unir a uma causa e na verdade comprar ela para você”.

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