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Com alta da gasolina, passageiros abandonam carros por aplicativo e voltam para transporte publico

Atualizado: 20 de nov. de 2021

Maria Luiza Lúcio e Rebecca Moura

Frota de ônibus em Maceió/ Foto: Pei Fon


A gasolina acumula alta de 73% no ano e o diesel em 65,3%. Em Maceió, mesmo aqueles que não possuem um carro para abastecer são afetados diretamente ou indiretamente quando o combustível fica mais caro. A opção do transporte por aplicativo, como Uber, vem caindo devido aos aumentos nas tarifas provocados pela alta dos valores. O custo com as viagens está fazendo com que parte da população decida voltar a utilizar o transporte público como alternativa.


O aumento no valor das viagens dos aplicativos de transporte fez com que a professora Laura Morales, de 21 anos, mudasse a sua rotina e voltasse para sua antiga forma de locomoção: o ônibus. Ela é moradora do Trapiche da Barra, bairro situado na parte baixa de Maceió, e, todos os dias, embarca na Avenida Siqueira Campos, por volta das 8h da manhã na linha 103 – Mirante/Trapiche, que ligava os bairros Ipioca e Trapiche da Barra, para trabalhar em uma escola de idiomas, no bairro do Poço, em Maceió.

Professora de línguas Laura Morales, 21 anos, moradora do bairro Trapiche da Barra. /Foto: Divulgação


A educadora começou a trabalhar em maio deste ano e relata que, devido à pandemia da Covid-19, optou por usar transporte por aplicativo para ir e voltar do trabalho. Mas com o aumento nas tarifas das corridas, ela sentiu a necessidade de voltar a andar de ônibus.


“Eu pagava em média R$ 10,00, usando o aplicativo da minha casa para o trabalho, que é relativamente perto, depois de um tempo começou a aumentar o valor, se tornando inviável pagar de 15 a 20 reais”, comentou.


(Confira abaixo um trecho do relato de Laura)

Ela conta que sempre precisou se organizar financeiramente para usar o transporte público, que custava R$ 3,65 até janeiro deste ano, mas com a redução de R$ 0,30 no valor da tarifa e a implantação do Passe Livre, o dinheiro do ônibus não é mais uma preocupação.

“Sempre precisei guardar as moedinhas do troco de alguma compra e evitar gastar com lanches para sobrar o dinheiro do transporte, contudo com o novo benefício não preciso me preocupar em gastar menos ou guardar dinheiro”, relata.


Eles trocaram o Uber pelo ônibus


Laura participa do Laboratório de Pesquisa de Ciências Biológicas e precisa se deslocar de ônibus para a Universidade Federal de Alagoas (Ufal), na parte alta, uma vez por semana. No entanto, ela conta que o caminho para chegar à instituição se torna cansativo com a falta de variedade de linhas de ônibus e a demora no ponto. “Os ônibus ultimamente têm demorado bastante, às vezes a gente passa uma ou duas horas no ponto esperando”, reclama.


Apesar das dificuldades enfrentadas diariamente no transporte público, a estudante afirma ser a melhor opção quando comparado aos valores exorbitantes de transporte por aplicativo. “Ainda assim é mais fácil pra gente estudante usar o transporte público do que pagar mais de R$ 20 no Uber”.


E não é só Laura que pensa dessa forma. O estudante de jornalismo Romeu Soares Neto, de 22 anos, também sentiu o peso no bolso com os reajustes nas tarifas do Uber e da 99. “Comecei a andar de ônibus, o que diminuiu muito o custo e basicamente parei de andar de Uber”, disse.


Romeu mora na Gruta de Lourdes e conta que antes da pandemia, durante o ensino presencial, usava transporte por aplicativo todos os dias para ir e voltar da Ufal. No entanto, o estudante relata que o preço das corridas subiu bastante, o que fez com que ele optasse por começar a usar o transporte público. “Eu pagava um valor que na época já era caro, era R$ 20 e R$ 22. Hoje em dia o preço está muito exorbitante, por volta de R$ 25 e R$ 30, o que dificulta muito”, contou.


(No vídeo abaixo, Romeu relata sobre sua experiência)

Às quartas-feiras, uma vez por semana, Romeu tem consulta com a psicóloga que é situada no mesmo bairro em que ele mora. O estudante menciona que apesar de ser no mesmo bairro, não é perto de sua casa, por isso costumava ir de Uber ou 99, mas agora prefere ir andando já que os ônibus demoram a passar no ponto mais próximo.

Estudante afirma que transporte público é a melhor alternativa/ Foto: Rebecca Moura


Romeu acredita que atualmente usar o transporte público vale mais a pena, sobretudo para os estudantes que podem usar o passe livre e não gastar para ir e voltar da escola ou faculdade. “Sempre evitei andar de ônibus, mas ultimamente enxergo como a melhor opção por causa da recente diminuição no valor da passagem e do passe livre. Para quem não quer gastar muito é ótimo, né?”.


“Eu diminuí, em média, R$ 600 do gasto com transporte”


A vendedora e moradora do bairro do Farol, Ingryd Rodrigues pega ônibus todos os dias para ir ao trabalho e, depois, voltar para casa. Ela afirma que raramente o coletivo atrasa e o aplicativo que utiliza monitora bem os horários.


“Pego ônibus pra ir ao trabalho e voltar pra casa. Saio de casa às 7h40 e pego o ônibus às 8h. O percurso dura em média 20 minutos. Na volta, a mesma coisa. Pego às 18h30, mas, com o trânsito, o trajeto é mais longo e chego por volta das 19h30”, conta

Vendedora Ingryd Rodrigues, moradora do bairro do Farol, parte alta de Maceió. / Foto: Divulgação


Antes, Ingryd costumava fazer os mesmos trajetos através de transportes por aplicativo. Porém, principalmente por motivos financeiros, escolheu mudar sua forma de locomoção. “Percebi que houve um aumento considerável na tarifa do Uber e a melhor decisão foi começar a usar o transporte público”.


Ela acredita que a alteração nos preços é consequência do aumento da gasolina. “Se as empresas não pagam a mais aos motoristas e o consumo de gasolina permanece o mesmo, porém com o preço mais alto, o trabalho deixa de ser vantajoso. Com menos motoristas circulando ocorrerá com mais frequência a tarifa dinâmica, o que interfere diretamente no preço final”.


Para a vendedora, a mudança para o transporte coletivo teve como principal vantagem a questão financeira. "Eu diminuí, em média, R$ 600 do gasto com transporte. Mas também observei que, desde que comecei a andar de ônibus, passei a ser mais paciente e isso tem relação direta com a minha nova rotina”, reforça.


“A renda para a empresa aumentou, mas para o condutor não”


Além dos passageiros, os motoristas de aplicativos também são prejudicados com a alta da tarifa. Este é o caso de Luiz Carlos Ferreira. Ele conta que o crescimento no valor dos combustíveis afeta diretamente no ganho dos condutores.


“Com o aumento, o motorista precisa trabalhar mais para poder cobrir os gastos com o combustível e para tentar diminuir a queda dos ganhos e as despesas com manutenção do carro, que cada vez fica mais caro”, declara.


Sobre o aumento no valor das corridas, o condutor afirma que os passageiros acreditam que o preço pago fica com o motorista e diz que isso não é verdade.


“Os aplicativos tiram do motorista um valor que varia de 30% a 40% por viagem realizada. O que sobra, precisamos pagar o combustível, a manutenção do carro e as contas pessoais. Então o aumento no valor da corrida foi, basicamente, para os aplicativos. A renda para a empresa aumentou, mas para o condutor não”, explica Luiz.


O motorista acredita que, apesar das variações das taxas, para os passageiros, a corrida por aplicativo ainda é a melhor opção. “Um transporte que te pega na porta de casa, deixa no endereço que você quer, no conforto e segurança. O passageiro não precisa ficar na rua exposto para chamar um carro”.


Aumento no valor do combustível


A Petrobras reajustou os preços da gasolina e do diesel para as distribuidoras. De acordo com as informações, os novos valores passaram a vigorar a partir de 26 de outubro, mas em Maceió o reajuste começou a ser repassado aos motoristas no dia anterior.

O Procon Maceió realizou fiscalização no preço dos combustíveis nos postos da capital. O órgão de proteção e defesa do consumidor recebeu denúncias de consumidores, devido ao último reajuste da Petrobras.


Conforme o Procon, o órgão está apurando se houve prática abusiva no repasse desses preços aos consumidores. Durante a fiscalização, foram realizados testes de quantidade e de qualidade dos combustíveis, a fim de verificar se o consumidor está sendo lesado nas bombas.


Em Alagoas, o litro da gasolina comum já chega até R$ 6,46 e o litro da gasolina aditivada pode ultrapassar o valor de R$ 7,00.


Economistas explicam alta na gasolina


O economista e professor da Ufal, Cícero Péricles Carvalho, explica que os reajustes no valor dos combustíveis ocorrem seguindo a lógica da política adotada pela Petrobras a partir de 2017, com a paridade de preços com o mercado internacional do barril de petróleo e do dólar.


“Com isso, os preços dos derivados sofrem influência pesada do dólar e do valor do barril de petróleo. Como tivemos nove reajustes expressivos de janeiro até agora, o preço da gasolina acumula um aumento de 50%, o diesel 40% e o gás 38%”, destacou o especialista.

Economista e professor da Ufal Cícero Péricles Carvalho, explica reajuste no valor do combustível/ Foto: Sandro Lima/Tribuna Independente


Segundo Cícero, o reajuste costumava ser trimestral, levando em conta as variações dos preços do ano inteiro, que subiam menos e mais lentamente. “Como o preço do barril vem subindo, as refinarias reajustam seus preços e repassam para os distribuidores, e, como o valor do dólar está alto, o câmbio ajuda nessa subida. Há um ano, o dólar estava a R$ 5,00 e o barril do petróleo custava 40 dólares. Agora, o dólar está próximo a R$5,20 e o barril a 72 dólares”, esclareceu.


O economista aponta que os reajustes dos combustíveis provocam o aumento de preços em quase toda a economia, devido aos custos de transporte, seja com o diesel ou gasolina, afetando a inflação e o custo de vida das famílias.


Péricles declara, ainda, que os reajustes reduzem os ganhos daqueles que trabalham com táxis ou transporte por aplicativo, do tipo Uber ou 99. “Como era de se esperar, o aumento nos combustíveis encarece os produtos alimentares e demais mercadorias que são transportadas de seu espaço produtivo para a comercialização”.


“O anúncio de mais aumentos nos combustíveis tem um efeito perverso que é o de estimular o aumento dos preços finais de todas as mercadorias e serviços, penalizando uma sociedade como a alagoana, que tem 80% de sua população recebendo até dois salários mínimos”, finaliza.


Já a economista e professora da Ufal, Luciana Caetano, explica que os reajustes no valor dos combustíveis são recorrentes do Preço de Paridade de Importação (PPI), adotado para derivados do petróleo no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2016, e estendido para o gás pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2019.

Economista Luciana Caetano explica impacto dos reajustes para a sociedade/ Foto: Ascom Ufal


“O governo federal já declarou que não interferirá nessa política de preços, influenciados pela variação da taxa de câmbio e pelo preço do barril do petróleo no mercado internacional”, explicou.

“- No final das contas, é o assalariado quem paga essa fatura”

Ela pondera, ainda, que como Alagoas é um dos três estados da federação com menor renda per capita, qualquer elevação de preço tende a expandir a exclusão de muitas famílias da possibilidade de consumo de produtos básicos e essenciais à vida, incluindo as três refeições diárias, colocando-as em risco. “Para qualquer unidade territorial, uma elevação de preços acima da reposição salarial tende a comprometer a capacidade de consumo da população”.


Passe Livre: Maceió vive um novo momento


Mas não foi só a alta da gasolina que fez com que as pessoas voltassem a pegar coletivos. As melhorias nos ônibus chamou a atenção de maceioenses que encontraram, por muitos anos, ônibus desfasados.


Uma delas foi o Passe Livre, uma conquista histórica, que vem desafogando o bolso de muitos maceioenses, principalmente os estudantes. Um relatório divulgado pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) mostra que mais de 13 mil estudantes já foram beneficiados pela implementação da medida na capital.


O benefício está disponível para 50 mil alunos da capital para garantir acesso ao ensino. Com a medida, os estudantes terão 44 passagens por mês, que devem ser utilizadas nos dias úteis. No primeiro mês do projeto, 172.804 mil embarques foram realizados.


Segundo a Prefeitura de Maceió, para obter o benefício é necessário que o aluno comprove frequência escolar de, no mínimo, 75%. Além disso, os estudantes devem estar regularmente matriculados no ensino fundamental, médio, técnico e superior das instituições de ensino situadas no município e devidamente credenciadas pelo Ministério da Educação (MEC), pela Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc) e pela Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed).


A estudante de Direito Tainá Sarmento, de 20 anos, moradora do bairro Jacintinho, em Maceió, foi beneficiada com o Passe Livre. Ela conta que com o benefício sobra dinheiro para ajudar a família nas contas de casa.


“O Passe Livre foi uma melhoria ótima feita na cidade porque o valor do transporte sempre pesou muito no bolso do estudante”, relata.

Estudante de Direito Tainá Sarmento, de 20 anos, moradora do bairro Jacintinho/ Foto: Divulgação


Em sua casa, Tainá faz estágio, os pais trabalham e a irmã mais nova também estuda. Ela conta que o benefício foi um grande alívio porque mesmo pagando a meia entrada do Bem Legal, ainda sim representava um grande gasto para a família. “Agora com o Passe Livre a gente não gasta com o transporte e sobra mais dinheiro para os meus pais pagarem as contas do mês”.


Ela retrata que com o benefício está economizando cerca de R$ 100,00 por mês e consegue ajudar os pais nas contas de casa. “Sobra mais dinheiro da minha bolsa do estágio, agora tenho um valor a mais que consigo ajudar meus pais dentro de casa com o dinheiro que ia para o transporte”, comemora.


Além do Passe Livre, houve melhorias com a diminuição do valor das passagens, ampliação da integração temporal, modernização dos validadores da bilhetagem eletrônica e as novas possibilidades de pagamento com o cartão “Vamu Maceió”.


Atualmente, 190 mil passageiros são transportados diariamente nos ônibus de Maceió através de 94 linhas que circulam pela cidade. Para melhorar a rotina dos viajantes, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), através da Prefeitura de Maceió, desenvolveu algumas iniciativas, como zerar o Imposto Sobre Serviços (ISS), que reduziu o valor da passagem para R$3,35.


A ampliação da integração temporal, em que os passageiros, utilizando linhas que se conectam, embarcam em mais de um ônibus gratuitamente sem precisar estar em um terminal. Para conferir todas as opções disponíveis basta acessar a página da prefeitura.

Pagamento do transporte coletivo por aproximação/ Foto: Edvan Ferreira/Secom Maceió


A modernização dos validadores da bilhetagem eletrônica e as novas possibilidades de pagamento com o cartão “Vamu Maceió”, também surgiram para facilitar a vida dos maceioenses. Com a iniciativa, os ônibus passam a ter validadores, conectados à internet, que aceitam pagamento com cartões de crédito, débito e carteiras digitais por aproximação com celulares e smartwatches, além do QR Code, por meio do saldo da carteira do aplicativo.


Além disso, em março deste ano, foram criadas duas novas linhas de ônibus, 0612 – Forene/Jatiúca via Centro e Ponta Verde e a linha 601 - Benedito Bentes/Jatiúca, que beneficia, principalmente, os moradores da parte alta. Desde a implantação, 650 mil embarques foram realizados nos novos itinerários.


Essa melhoria foi sentida pelo aluno de Publicidade e Propaganda, Gabriel Bernardo, de 22 anos, morador do bairro Jatiúca. Ele usa a linha 601 para ir trabalhar na parte alta da cidade e conta que a implantação facilitou sua rotina.

Estudante de Publicidade e Propaganda, Gabriel Bernardo, de 22 anos, morador do bairro Jatiúca/ Foto: Divulgação


“Passam outras opções de ônibus no ponto perto da minha casa, mas sempre demoram bastante, sempre chegava meio tarde no trabalho e agora é mais uma opção que tenho”, diz.

Bernardo começa a trabalhar às 14h e precisa sair de casa uma hora antes devido à distância. O estudante reclama da demora do ônibus, mas comemora a chegada da linha Benedito Bentes/ Jatiúca.


Para ele é essencial a implantação de novas linhas, principalmente as que vão para a parte alta da cidade, principalmente em virtude do valor nas corridas e transporte por aplicativo.

“Eu só vou para a parte alta se for de ônibus porque não tenho dinheiro para pagar vinte e até trinta reais em uma corrida. Por isso tem que colocar cada vez mais linhas, para facilitar não só a minha vida, mas a de todo mundo que precisa ir aos dois extremos da cidade”.


Houve aumento na busca por ônibus?


De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Maceió (Sinturb), ainda não é possível fazer uma conexão direta, através de dados, sobre um possível aumento na busca por transporte público desde os recentes reajustes no preço de combustíveis, o que provocou um aumento das tarifas de transportes por aplicativo.


O sindicato aponta que a média de passageiros vem caindo consideravelmente desde 2014, o que colocou o setor do transporte público em uma realidade extremamente delicada. Para a corporação, de modo geral, isso se deve a fatores como o transporte clandestino e aplicativos de transporte, como Uber e 99, por exemplo.


Segundo levantamento realizado pelo Sinturb, no primeiro mês de pandemia (março de 2020), foi registrada uma queda de mais de meio milhão de passageiros em comparação com o mês anterior.


“No mês seguinte, a queda foi ainda maior: quase dois milhões de passageiros a menos. O mês de maio de 2020 teve o menor registro de passageiros dos últimos anos, 1.727.110, enquanto um ano antes (maio de 2019), o total de passageiros registrado foi de 5.513.978, mais do que o triplo. Foi uma queda de aproximadamente 70%”, indica o documento no sindicato.


(Confira a média de passageiros em Maceió no período de 2014 até 2021)

Foto: Rebecca Moura


Hoje, a média mensal de passageiros é de 3.201.423. Já em 2020, para efeito de comparação, a média foi de 3.019.451, demonstrando que ainda não houve uma recuperação total, mas o número já é bem maior que o ano passado.


A reportagem entrou em contato com a Uber e 99 no dia 3 de novembro, através do e-mail da assessoria, para esclarecimentos sobre a variação nas tarifas das corridas após o aumento no valor dos combustíveis, mas até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.


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